O medo que se tem
Do nada que se leva
O nada que se sente
Do tudo que se acerca
O tudo que se sente
Do nada que se tem
O que me persegue
É o que persigo
Fujo correndo em círculos
Caio do muro
Vejo-me em revés
Do sorriso do dia
Ao misterioso olhar da noite
Do alegre ao sombrio
Da água ao vinho
Surfo em mentiras
Jogo-me ao chão
Arremesso almofadas
Me parto em mil
Lanço-me ao labirinto
Vendas de seda
Pés descalços
Inclino-me aos céus
Busco pistas
Perdida no deserto
Paro bem na beira do abismo.
Texto e imagem by Daniella Dal'Comune 2010