domingo, 21 de novembro de 2010

No Escanteio

        Meus versos
No canto, no escanteio
No canto do meio
No meio do campo
No conto do tonto
Na conta do fim
No canto, o estopim
Na ponta do lápis
Na ponta dos pés
Na ponta da ponte
No fim do horizonte
No nó da garganta
No canto do conto
No dó de mim
No canto, no conto,
Na ponta, na ponte,
No meio do fim.

by Daniella Dal'Comune- 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

10 coisas que amo

Recebi, já há algum tempo, um selinho da Danny (Obrigada. Adorei!) do blog Expressing My Mind e que, por sua vez, recebeu do blog “A Piece of Me”. O selinho veio acompanhado de uma atividade : citar 10 coisas que se ama e repassar para outros 10 blogs. Demorei algumas semanas para montar minha seleção, mas, a cá está. A lista de blogs está disposta logo abaixo da minha seleção.

Dez coisas que amo, além do principal (as pessoas importantes e especiais para mim):

1- Cinema: Amo filmes de todos os gêneros. A ordem de preferência dos gêneros varia conforme o meu estado de espírito, mas, normalmente a ordem é a seguinte: suspense (qualquer tipo: antigo, atual, grande produção, produção barata) comédia (romântica, pastelão, humor negro) terror (prefiro terror mais psicológico e com boa dose de suspense. Mas, quando a cena é bem feita, sangue e violência também são muito interessantes.) e drama (clássicos, atuais, de época, etc.). Depois vem aventura, ação, animação e por último, ficção científica. Mantenho uma lista no Excel, com os títulos dos filmes que já vi em ordem alfabética. Tal lista é meu xodozinho. Eu não só adoro filme como adoro tudo que diz respeito a filmes: bastidores, entrevistas, cenas extras, curiosidades, etc. Eu vejo de tudo sem preconceitos. Gosto de ver filmes de todas as origens. Independente do gênero, se o filme é bom (ou inspira algo bom), me enche de contentamento e me da vontade de ver ainda mais filmes. Trilha sonora empolgante, personagens exóticos, irônicos, histórias mirabolantes, cenas inusitadas, há tanta coisa que torna um filme capaz de me deixar com um sentimento de encantamento quase sublime. É uma experiência bem particular, pois um filme só é mesmo finalizado com a visão do telespectador.
2-Truco: Desde cedo via meus primos por lado de pai, nos churrascos de família, se divertindo ao jogar truco, gritando, rindo. Era tudo uma brincadeira que parecia tão gostosa. Aos 13, meu primo por parte de mãe me ensinou a ordem e o valor das cartas e depois disso me virei e aprendi sozinha. E então comecei a jogar com meus primos e não é que com sorte e coragem inconseqüente de principiante, venci algumas partidas logo de cara. Maior incentivo que a vitória não tem. Se no começo era só sorte, com o tempo a sorte dividiu espaço com a habilidade e a estratégia. Ganhar me enche de energia para continuar jogando com mais paixão e mais inventividade em cada jogada. Perder me faz repensar as estratégias e serve para me reinventar. Hoje, criei minha própria metodologia para ensinar quem tiver vontade de aprender. O poker é outro jogo de cartas que tem chamado minha atenção por sua universalidade e, por isso aprendi através de um site a jogar. Tive poucas, mas boas oportunidades reais de praticar. No entanto, jogos virtuais tem muitos.Ultimamente jogo pelo Pokerstars que permite jogar sem pagar. Poker é minha nova paixão, contudo, ao menos até hoje, o truco é o meu amor.
3-Pizza: Uma pizza cheirosa quase que me faz flutuar, como se vê nos desenhos animados. Se alegria tem um sabor, é este. Pizza tem aquele gostinho capaz de me deixar contente, de bem com a vida. Um prato simples, delicioso e que para mim, não tem nada melhor. Na simplicidade mora meu deleite.
4-Vinho Tinto e Café: Café e vinho são bebidas especiais para mim, fazem parte de todo um ritual. O café é parte importante da minha rotina diária. De manhã serve para dar início oficial ao dia, de tarde para trazer conforto e recompensa ao meu dia. E fora de hora, é um luxo, um agradinho. O vinho precisa ser apreciado sem pressa. Serve para eu curtir uma melancolia, dar sabor à solidão ou então o oposto: curtir uma boa companhia dando valor apenas ao momento, sem preocupações tolas. Um papo filosófico ou um papo descontraído - intercalados com muitos risos – regados a vinho é uma experiência ótima.
5-Criatividade: Desenhar; escrever; contar histórias; criar paródias; inventar vozes; recortar; fotografar; inventar passos de dança engraçados e espalhafatosos para extravasar, liberal geral. Qualquer coisa que me inspire. Criar é algo que pulsa e me impulsiona. Eu tenho uma necessidade de criar, de inventar, de reinventar que parece muito maior do que eu. Um monstrinho que vive em mim, possuidor de uma sede e uma fome implacáveis. Quando dominada por este monstrinho sinto uma energia criadora, uma inspiração que quer sugar o mundo e me encho de vida. Contudo, senão sacio suas vontades, me sinto fraca, triste, angustiada e impotente. Não querer atender aos pedidos deste monstro que, desconfio ser do bem em grande parte do tempo, não faz sentido. É um desperdício sem tamanho.
6- Conhecimento: O alimento da minha alma. Tudo me interessa, tudo desperta minha curiosidade. Abasteço-me lendo revistas, gibis, artigos, blogs e livros; conversando com diferentes pessoas; aprendendo coisas em outros idiomas; vendo programas de entrevista, realities, telejornais, documentários, séries, filmes e um pouco de absolutamente tudo, do útil ao aparentemente inútil. Tudo que ouço, tudo que vejo, eu acabo aproveitando de alguma forma. Muita coisa, eu só uso após um elaborado processo de reciclagem. Agora como professora então, eu acabo utilizando muita coisa em minhas aulas. Na vida, em geral, todo o conhecimento é útil e fascinante. O conhecimento é útil até quando o que impera é o desejo de futilidade que faz parte e também tem sua importância. Por falar em conhecimento, o autoconhecimento também é fundamental. Analisar os acontecimentos, a vida e a mim mesma de todos os ângulos que me são possíveis. Permitir a mente viajar, divagar e encontrar sentido ou falta de sentido nas coisas. Filosofar comigo mesma ou com alguém que também ame essa viagem cheia de trilhas e atalhos.
7-  Acampar – Acampar num lugar pertinho da natureza me desacelera a mente, me faz sentir mais viva. Nada de TV, de internet, de celular. Quero mesmo me desligar dessas coisas por um tempo. Quando no campo, quero só descansar; ao invés de filosofar, contemplar; se tiver água para eu virar um peixinho, é o auge. Se tiver uma bola para bater e pessoas competitivas para dar graça ao jogo, é o máximo. Ouvir música no fim da tarde numa roda de amigos, fazendo brincadeiras, jogando baralho, bebericando, dançando e cantando, é o que há.
8 - Ócio - Curtir o macio da cama, sentindo a preguiça da tarde, às vezes ouvindo o barulho da chuva; Passar um dia inteiro ouvindo as músicas que trazem lembranças de outras fases. Memórias felizes, memórias de uma melancolia poética, memória de paixões vividas ou amores platônicos. Músicas que me fizeram refletir na vida de forma agradável, mas não pouco impactantes; Ir a um parque, numa tarde de céu azul e me jogar no gramado apreciando a beleza do dia. “Nada melhor do que não fazer nada, só para deitar e rolar...” (Rita Lee – Mania de você)
9 – Caminhar – Aqui onde moro (Guarapuava-Paraná) há vários parques espalhados pela cidade. Antes eu ia à Lagoa das Lágrimas caminhar ou apenas sentar num banco e pensar na vida. Agora eu gosto bem mais de ir ao Parque do Lago para as duas coisas. É bem maior, mais arborizado, num dia de sol a paisagem é lindíssima. Muitas pessoas vão até lá. No verão, parece orla de praia. Quase sempre coloco meus fones e sigo a caminhada. Mas, não precisa ser caminhada programada para eu gostar. Também adoro sair a esmo, principalmente em outras cidades, para viver a experiência tão memorável de conhecer novos lugares. Outra coisa que adoro é conversar com alguém enquanto caminho. Nos filmes “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr -do sol” – pelos quais sou apaixonada – os personagens Jesse e Celine têm a maior parte dos melhores diálogos enquanto passeiam pelas belas cidades de Viena, no primeiro filme, e de Paris em sua seqüência. Tenho um amigo com o qual adoro caminhar na também bela cidade de Curitiba. Muitas vezes começamos pela XV e terminamos no Largo da Ordem para continuarmos filosofando sob efeito de chopp. Sempre fascinante.
10 - Qual o décimo elemento? O camisa 10 da seleção? Quebrar a rotina, virar as coisas de ponta-kbça: A rotina traz algum conforto e, por isso acabamos, inconscientemente, criando padrões de comportamento. Quebrar essa rotina, esses padrões, de vez em quando, é algo que considero extremamente importante para dar uma sacudida na vida. E não me refiro a coisas grandiosas, mas, pequenos processos diários que invertidos de ângulo dão uma sensação de liberdade, de renovação. Fazer as coisas que se costuma fazer de um jeito diferente, se libertar das próprias manias, é algo inspirador, renova minhas energias. Algo aparentemente simples, contudo, é uma batalha a ser vencida, pois, muitos de nós nos apegamos aos pequenos processos e rituais que se criaram ao longo da vida, ainda que nem se saiba mais porque começaram. 

*Lista dos 10 Blogs que convido a participar da brincadeira. E quem mais se inpirar pela propossta, fique à vontade.

Deia - Rumoaescrita
Maria Fe - Reformulando
Cássinha - Coisinhas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha

DIVÃLOSOFANDO
Qual o maior medo de uma criança feliz, alegre, sonhadora, idealista, inocente, esperançosa? Tornar-se um adulto! O adulto é aquele que diz que não dá pra ir à praia porque está chovendo; aquele que ama alguém, mas nem sempre escolhe ficar com este alguém; aquele que sufoca seus sonhos porque precisa ter os pés no chão. Convivendo com os adultos, eu notava o quanto eram complicados. Tudo era cheio de complexidade. Ser adulto era ter uma torta deliciosa em sua frente e não poder prová-la por razões incompreensíveis.

Os adultos são complexos, contraditórios, vivem se escondendo atrás de um escudo ao qual dão os mais diferentes nomes. Sim, eu associei ser adulto à falta de imaginação, de coragem e ao pessimismo derrotista. Estou certa? Certo ou errado não é a questão. Simplesmente, revendo meus conceitos, os porquês de ser como sou, cheguei à conclusão de que tudo, ao menos pra mim, é uma questão de associação. Sabendo com o que as coisas estão associadas, e analisando estas coisas, posso reconstruir meus conceitos mais conscientemente.
Parafraseando “Malandragem”, de Cazuza e Frejat, lindamente interpretada por Cássia Eller: Ainda sou uma garotinha esperando o ônibus da escola, achando o príncipe um tremendo chato. Sou criança e não conheço a verdade. Sou poeta e não aprendi a amar. Pedindo a Deus um pouco de malandragem. Sem mais saber sonhar, achando bobeira não viver a realidade.

Preciso seriamente rever conceitos velhos demais, concebidos quando eu era jovem demais. Porque a minha vida é afetada por estes conceitos. Acho lindo ter preservado minha criança interior e compartilhar seus óculos cor-de-rosa. Mas, não posso deixar que uma criança seja responsável por todas as minhas escolhas. Será que posso? Como uma criança poderia lidar com questões complexas sendo tão objetiva? Bem, não sei. E digo mais, tenho muito medo de tirá-la do comando uma vez que é capaz de dar cor a toda banalidade da vida. Quero o equilíbrio do adulto e a ousadia da criança. Seria possível um comando em parceria? Porque cansei. Cansei não de minhas meias ¾, mas, de minha incapacidade de tomar decisões, sempre esperando o adulto que me dá conselhos e permissões. Mas meu lado adulto é uma fração. É possível seguir com meus velhos conceitos? Claro que sim. Mas, confesso que preciso mais de mudança do que de ser criança. Pensando bem a criança já não é mais tão ingênua. Criança cínica, com óculos quebrados, vem caminhando com apatia por trilhas rebeldes, carregando um cesto de desilusões, rumando a um horizonte retalhado, desejando simplesmente desejar. Soltar as mãos de Peter Pan e deixar de voar para caminhar com meus próprios pés é o que deveria fazer. A ver! Acredito que na vida os olhares são infinitos e, esse foi apenas um.


by Daniella Dal'Comune - 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um post sobre o nada


Inspirada em Seinfeld, o seriado descrito como sendo sobre nada? Sim.
Inspirada nos blogueiros que falam sobre seu dia-dia como quem recita poesia; ou como quem desabafa com um grande amigo; ou como quem conta uma anedota; entre outras maneiras de se falar do cotidiano? Também sim.

Adoro o nada de SEINFELD e adoro os blogueiros que transformam o nada em uma boa história.
Assim, meu post é sobre o nada. O nada que é tudo.
Em maio eu escrevi uma última linha no meu diário. A rotina agitada não me permitia mais escrever tantas coisas e tão detalhadamente. Grande ironia, pois, quanto mais se tem a escrever menos se tem tempo para escrever.  Nem uma agenda ou um caderno decente eu comprei para ser meu diário desse ano. Achava uma folha e escrevia e colocava no meio do caderno que foi a agenda do ano passado. O hábito de relatar meu dia-dia está presente há anos. E eu sinto uma certa culpa em não contar o que vivi. Sinto também alguma liberdade. Afinal, só tenho os fatos na memória e não posso ficar relendo e me analisando como sempre fiz. Confesso, contudo, que já tive vontade de sentar e tentar juntar os fragmentos da memória e reconstituir os acontecimentos. Acho que vou acabar fazendo isso, mas, infelizmente, grosseiramente. A rotina já não está agitada e eu não tenho escrito nada da minha vida- exceto minha lista mensal de filmes assistidos que posteriormente serão lançados na lista do Excel onde ficam todos os títulos dos filmes que eu já assisti na vida, em ordem alfabética. Enfim, suponho que o diário tenha sido abandonado apenas temporariamente.
Mais sobre o nada
 Os fatos não relatados dos últimos meses somam mais experiências interessantes que uma agenda inteira de algum tempo passado. Uma pena que eu não os tenha escrito. Eu passei por todas as estações em uma só, vivi pequenas aventuras e desafios, reaprendi a chorar, voltei a me preocupar com o futuro e a sofrer com a insegurança, também fiz muita gente gargalhar, eu mesma ri de mim. Pensamentos misturados se confundindo com novas constatações. Vivendo o conformismo enquanto por dentro um eu mais dinâmico lutava (e espero que continue lutando) para quebrar uma muralha pessimista e ver o sol brilhar.
Ainda mais sobre o nada
Muitos posts do blog são de textos feitos quando eu era mais floral e menos espinhosa. Antes os textos eram quase sempre muito otimistas, mas, nos últimos tempos dentro de mim eu só via areia. Foi então que escrevi a poesia “Perdida no deserto” e passei um dia inteiro fazendo uma colagem virtual com imagens que pudessem traduzir um pouco a angústia que às vezes me toma.

No fundo, a alegria sempre foi minha melhor característica e o entusiasmo me fazia transformar o que era chato, banal para os outros em algo mágico para mim.  Eu ainda sinto uma alegria esfuziante dentro de mim, mas, agora menos colorida. Hoje, esse surrealismo lírico me faz falta. E eu quero reencontrar essa essência infantil, mágica e pura. Só não sei o que farei com toda a ironia que me envenenou, mas que me trouxe uma malícia, um sarcasmo que embora me angustiem, me deram um humor negro que tem lá seus encantos.

Trilha sonora:    Nothing and everything - RED
                           

POR HORA, NADA MAIS A DECLARAR.

by Daniella Dal'Comune - 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Versos Inacabados - Sem Título 1

Eu sempre penso que te amar é um castigo,
Porque eu te amo e não tenho você comigo.

Eu sempre digo que o amor busca um abrigo,
Mas, meu amor repousa ao léu junto ao perigo.


Sem título 1 - coleção sugar-love
by Daniella Dal'Comune - 2004-2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Un belo día, que belo día!

DIVÃLOSOFANDO + DIVAGARTE
Mosaico com imagens do Cemitério Municipal de Guarapuava-Paraná, 
Fotografadas por Daniella Dal'Comune


“Un belo día, que belo día”¹. O céu azulzinho, o sol abrilhantando a vida. O dia sorri. O coração se preenche de uma alegria pura. Um dia tão lindo convida a sair, a agir. Assim, desperdiçar um dia maravilhoso também me enche de culpa se não for capaz de aproveitá-lo.  E por isso, às vezes, a beleza do dia me fere. Enquanto a chuva forte serve de consolo para minha inércia. No entanto, um belo dia de sol estampado no azul de um céu sereno com ares frios é ainda mais cheio de magia. Se está frio, a culpa diminui e a beleza permanece.  Flutuo pela ruazinha. É a alma que de tão leve me escapa o corpo. Sinto os pés no chão ora sim ora não.  A beleza do dia entorpece e transforma até como se vê as pequenezas do mundo. A vida é surreal. A Vida é poesia.
O olhar parece um radar detectando delicadeza e pintando um quadro a cada passo. Na busca de criar ou recriar pinturas, canções e cenas de filme que me são inspiradoras, chego aos parques da cidade, com lagoas e lagos coloridos pelo anil celeste. Essa busca algumas vezes me leva ao cemitério municipal. Flutuo pela ruazinha. As árvores parecem mais altas. Há uma serenidade, uma paz que paira. Um reconforto. O tempo que não urge. O silêncio que absorve. Entre túmulos, estátuas, flores e velas. O céu está azul, o sol está brilhando, pássaros estão cantando e eu sinto a face tocada pelo ar gélido. De repente, faço parte da cena, da melodia, da pintura, da magia. Estou viva e “o tempo não pára, não pára não”². Mas, naquele instante o tempo parece estar congelado. No fim, o tempo passa, mas o momento se eterniza em mim.
Olhar uma imagem é capacidade de qualquer pessoa que possua visão. Perceber sua beleza é capacidade de quem enxerga com o coração. Não confie nos olhos mais do que no coração. Pois, os olhos estão entre dois mundos. Mas o coração está sempre do lado de dentro.

1- Música : Um belo dia – Orishas.
2 – Música : O tempo não pára - Cazuza

Embora a letra de “Pet Sematery”  (Ramones) e “One headlight” (The Wallflowers) não  tenham  nada a ver com o texto  além da palavra cemitério, gosto muito de suas  melodias e as incluo como trilha. 


Texto e fofografias by Daniella Dal'Comune - 2010
 
Essa postagem foi feita especialmente para participar da segunda blogagem coletiva do Espaço Aberto:  http://migre.me/Ky2N

sexta-feira, 30 de abril de 2010

OUTONO

Meus Versos
OUTONO

Folhas secas dançam pelos ares e pelo chão
É outono outra vez
Flutuo pela ruazinha
Trago no coração os vestígios do amor que se desfez

Outono, ah outono!
Belos dias me proporciona
Tristes momentos me faz lembrar
Sempre me fazendo indagar:
Por que o amor facilmente me decepciona?

Tenho que voltar pra casa
Pisar no chão
Guardar as asas
Voltar à ilusão que dizem realidade

Por que me sinto com os pés no teto?
Por que recuso o caminho reto?
Vou ou fico?
Adeus!

  By Daniella Dal'Comune-2001



Reeditado para participar da blogagem coletiva, promovida 
pelo "Espaço Aberto" 

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Viver


DIVAGARTE + DIVÃLOSOFANDO
Image by DAN1ZINH4


Não quero negar a lágrima, a tristeza e, ser otimista e feliz o tempo todo. Não sou robô. Quero sentir-me bem sim! No entanto, não vou me impor uma felicidade plástica. Pois, quero mais que felicidade, quero viver. E viver é uma experiência complexa e mais do que pensar, é sentir.
  
Trilha sonora: Olhos vermelhos – Capital inicial


Texto e imagem by Daniella Dal'Comune  2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

21 de abril

                                              Versatirizando

21 de abril
Não viu mais dentes cair
Nem sua cabeça rolar, ele viu
Seus longos cabelos
Seus longos apelos
Seu mundo ruiu
Mas seus ideais eram nobres
Lutou com a elite endividada
Mas é pop
Foi mártir, laranja
Coração ingênuo, talvez
Mas é pop
Tiradentes
Tiro folga
Tiramos folga
O povo folga?
Os poderosos folgam, folgados!
21 de abril
Não foi a sua cabeça que caiu
A de Joaquim, não estava lá, não viu
Mas eu caio em mim
E espero maio
Dia primeiro vem aí
Em que dia vai cair?

by Daniella Dal'Comune - 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

Abril

                     Meus versos                                                

Abril se abriu
Sorriu, mentiu
Tem sol, tem chuva

Um minuto do meu existir
Para ser, ver e sentir

Cada momentinho
Na brisa do outono
Futuro deleite da memória

Este mês, tudo começa outra vez
Pois, no mês da vez é hora de me apaixonar por você de novo
E lembrar o passado em  um minuto: doido, solto...caduco

Abril chegou que nem se viu
E quando menos se espera 
Já partiu

by Daniella Dal'Comune  2000- 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Querem

Divãlosofando


Querem nos vender receitas de vida
Querem nos vender passos para o sucesso
Querem nos impor o otimismo
Querem nos dar conselhos valiosos
Querem nos tonar iguais
  enquanto nos vendem originalidade
Querem que sigamos fórmulas
 enquanto nos vendem ousadia
Querem que sejamos consumistas 
 enquanto nos vendem desapego
Querem nos fabricar como a robôs
 enquanto nos vendem humanidade.

texto by Daniella Dal'Comune - 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Perdida no deserto

DIVAGARTE+Meus versos
IMAGE by DAN1ZINH4

O medo que se tem

Do nada que se leva

O nada que se sente

Do tudo que se acerca

O tudo que se sente

Do nada que se tem

O que me persegue

É o que persigo

Fujo correndo em círculos

Caio do muro

Vejo-me em revés

Do sorriso do dia

Ao misterioso olhar da noite

Do alegre ao sombrio

Da água ao vinho

Surfo em mentiras

Procuro-me em entrelinhas

Jogo-me ao chão

Arremesso almofadas

Me parto em mil

Lanço-me ao labirinto

Vendas de seda

Pés descalços


Inclino-me aos céus

Busco pistas

Perdida no deserto

Paro bem na beira do abismo.




Texto e imagem by Daniella Dal'Comune 2010