terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Amor e Ódio no Cinema

CINECRONICA
Foto ilustrativa: filme O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain

É tão bom falar do que gostamos ainda que haja, no fundo, tantos poréns e exceções. Afinal, falar de nossos gostos é generalizar e nem todos nós gostamos dos rótulos decorrentes disto. Até mesmo porque, como bem disse Oscar Wilde, “Definir é Limitar”. Ainda assim enfatizo: é delicioso falar do que adoramos e divertido falar do que detestamos. O que por hora amo e odeio em filmes pode ser conferido abaixo:

AMO

Reviravoltas mirabolantes, mas críveis

Atores carismáticos

Personagens caricatos bem interpretados

Filmes baratos de suspense

Superproduções de suspense

Filme de terror antigo

Terror oriental

Filmes de época

Clássicos

Bons diálogos

Narração só quando indispensável e bem feita

Dramas com poesia ao invés de lágrimas fáceis

Fotografia de qualidade

Fotografia lúgubre

Filmes independentes

Roteiros bem amarrados

Personagens complexos

Estética inovadora

Edição desafiadora

Comédias-pastelão doidamente criativas

Trilha sonora empolgante


Detesto ou Enjoei ou Não Tenho Saco


Corridas atrás do ser amado no aeroporto ou coisas do gênero

Filmes que tentam ser originais, mas acabam sem pé nem kbça

Ficção Barata

Passagem De Tempo Que Passa Por Cima Dos Detalhes

Narração Desnecessária_ Uma Imagem Fala Mais Que 1000 Palavras

Fotografia Ruim: aquelas que chegam a dificultar a compreensão do filme

Filme De Terror Barato Com Cenas Patéticas De Carnificina (a não ser que sirva para rir)

FILME DE TERROR QUE ABUSA DOS EFEITOS VISUAIS

Se a piada é forçada é péssimo. Pior é quando a piada é até interessante, mas é tão mal utilizada que se perde no vácuo

Filme Que Desperdiça Grandes Recursos Com Um Roteirinho Fubá

Longas Cenas De Perseguição De Carro (a não ser que realmente sejam parte importante do filme, me dão sono por serem apenas enche-lingüiça)

Trilha sonora despropositadamente destoante



By Daniella Dal'Comune - 2005

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Rapidinha no Divã- 02


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A Marte eu iria,


Se amar-te eu pudesse.
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A Vênus eu iria,

Se vê nús eu pudesse.
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Daniella Dal'Comune

sábado, 31 de outubro de 2009

Valeska Vampireska- 31.10 Halloween

Adoro desenhar com lápis-de-cor, caneta e até giz.
Mas, quando dá fissura vai o que tem.
Este desenho eu fiz com as ferramentinhas básicas do paint.
A vampira ruiva que batizei de Valeska está desde junho esperando o Halloween para aparecer.
Olhando assim para o desenho, me lembro de um museu.
Vampiras de cabelos negros me parecem mais marcantes.
A Valeska tem ares de inocente...uma doçura, um jeito pacato...parece inofensiva. Só parece.
Gosto muito de histórias de terror. Tanto gosto que quando pequena ia inventando e assustando meus primos mais novos. Já cresceram e lembram até hoje. Tinham medo e curtiam! Até trilha digna de suspense eu criei para criar o clima nos momentos de maior tensão: um assobio muito legal. Faz tempinho que não conto as histórinhas. Basta surgir uma ocasião propícia. Ah!Agora lembrei que quando comecei a dar aulas de inglês numa escolinha no interior os alunos não tinham assim muito interesse. Queriam só saber da aula de educação física. Mas quando envolvi eles nas minhas hitórias, que contava em português misturado com inglês, as crianças ficaram parece que hipnotizadas e falavam tudo o que eu mandava, num inglês excelente!Passei o ano contando a mesma história. E eu inventava enquanto contava. O que era um desafio. Quando começava a falar não sabia o que ia acontecer, deixava o que vinha à cabeça fluir. O segredo é a capacidade de vizualização e o envolvimento. Se duvidar até eu acreditava nas minhas maluquices.
Hoje, dia 31 de outubro, o famoso Halloween ou Dia das bruxas, eu não vou inventar uma histórinha mas, deixo a Vampireska como um símbolo da minha apreciação pelo mistério, suspense, terror. Quem sabe um dia ela me inspire a criar uma história ainda que, cheia de clichês, só para divertir e assustar quem tiver o privilégio ou azar de me ouvir. Personagens com nomes americanos, paixões adolescentes, sangue, crueldade e, suspense...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Caleidóscopio-Jogo de percepções

DIVÃLOSOFANDO
Ilustração:"Kaleidoslife" by DAN1ZINH4

E
u só percebo você através de mim.
Quando vejo seu rosto, vejo através dos meus olhos.
Quando ouço sua voz, ouço com meus ouvidos.
Quando penso em você, penso na imagem que eu concebi de você através dos meus sentidos.
Dentro da minha mente está o tudo e o nada.
O mundo está na minha cabeça.

E você também só me percebe através de você mesmo.
Quando você me rotula, faz isso baseado em seu julgamento.
Tudo o que eu sou para você, foi seu cérebro que processou com as variavéis disponíveis.
O que você diz de mim ou para mim pode me influenciar, mas só através de minha própria interpretação.
O que você acha de mim é ilusão tanto quanto é ilusão o que eu acho que você pensa de mim.

Somos donos da realidade porque ela só existe de dentro para fora.
O que é real continua existindo quando deixamos de existir.
Contudo, é como vemos a realidade o que faz a diferença.

Eu não posso controlar o mundo.
Mas posso controlar como percebo o mundo.
O controle está nas minhas mãos. E está nas suas.
Não dá para mirar um controle comum para a tv de outra pessoa e esperar que ela mude de canal. Quem é que tem controle universal para mudar os outros?

O que você leu, leu com seus olhos, processou conforme o que está dentro de você mesmo.
O que eu escrevi, agora já não mais me pertence.
Pois, na minha percepção, a vida é um jogo de percepções.E cada um tem a sua.
Ainda que no final, tudo e todos sejam tudo e todos.Pois, somos a soma de todas coisas.


Texto e ilustração by Daniella Dal'Comune 2009