quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


 Meus versos


Lágrimas contidas provocam uma enchente em meu coração
Meus sentimentos se afogando em meio à devastação
Olhei-te nos olhos mal interpretando tua afirmação
Fez-se doçura, fez-se delicadeza, fez a mim toda emoção
Trouxe sorrisos, toques, cheiros, paz e inquietação
Passeou por minha face gélida, branca e macia feito algodão
Caminhou a meu lado calado até que por fim catou minha mão
Derramou a primeira lágrima ao concluir que eu só buscava a perfeição
Derramei todas as outras ao me morder em contradição
Fez-se o dilúvio quando se curvou em dúvidas e desilusão
Escapou em um flash, deixando um farol aceso para minha percepção
E um bote salva-vidas chamado “Lição”
Às favas com a perfeição!
by Daniella Dal'Comune - 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Meus Versos


Un café, s'il vous plaît

Nuvens em tons de rosa
O fim da tarde
A saudade arde
Doce covarde
Perde o dia assim...
De varde
E pede um café que a cada gole lhe colore a alma
E com calma repete seu nome
E seus lábios molhados sorriem de lado
Sempre saltitante, ainda que sem mover um músculo
Sempre entorpecida, ainda que sem entornar um copo
Criança que tem em ser adulta
sua brincadeira preferida
O café acaba e segue a vida
Pensando bem:
Me vê mais um com mais creme e mais açúcar.

by Daniella Dal'Comune - 2013

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quase Nada

Meus versos

Não era o nada
Não era ainda o nada
Era tão pouco porém
Tão pouco que era quase nada

No meio 
Pela metade

Entre o Sol e a Lua
Dentre tantas e nenhuma

Pisca a estrela
Acende, apaga
Incendeia, esmorece
Amanhece

Vislumbra, deslumbra
Cai na penumbra

Passada, passada
Circula, circula
Vai mas não vai
E sorri, e brilha
E chora, e se camufla
E cai no vão
Dos que não vão...
Em vão
E nada mais
E mais nada

by Daniella Dal'Comune - 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fada

 
Fada -Imagem da Internet-
A Fada Chrysanty
É esvoaçante
Inebriante
Te enfeitiça num instante
Essa fada
Essa fada
É uma fada gozada
Atrapalhada
Mas essa fada
É louca
É rouca
Essa fada é foda
Com feitiços e cílios postiços
Te encanta
Te entorpece
Te beija
Te enlouquece
Afaga, fada, a adága
Adorada, fada adornada
Essa fada
Encantada
Cantada
Enfeitada
Atiça
Enfeitiça


By Daniella Dal'Comune- 2011

domingo, 17 de abril de 2011

Suave vinho, Doce efeito

                                                                                                                                             Meus versos
        Imagem ilustrativa: "Suavidade disciforme" de Giuseppe Ranzini.
    
    Texto by Daniella Dal'Comune - 2011
   

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quero acreditar

Meus versos
Quero acreditar que você vai me esperar
Quero acreditar que a gente vai se encontrar

Ao fim de uma espera mútua, então:

Olho nos teus olhos

Flui o sentimento

Sua voz acariciando meus ouvidos

Toco suas mãos sentindo sua pele

Que compele minha tristeza

Sinto o teu cheiro

Busco os teus lábios

Beijo o teu beijo

Viajo sem destino,

Na trilha do teu corpo

Porque quero acreditar que vamos nos encontrar

Que vais segurar em minha mão e me levar

Para onde a gente, agora, não consegue imaginar




by Daniella Dal'Comune -2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O que te faz sorrir?

O Irmão das Estrelas, Fernando Imaregna, me fez sorrir ao me presentear com um selinho. Seu blog faz sorrir com sua luz. E assim como as estrelas, também os sorrisos iluminam a vida.

Regrinhas do selo:
Postar o selo no blog;
Dizer duas coisas que te fazem sorrir.
Dizer o que te faz sorrir a respeito do blog que lhe presenteou
Indicar o selo de 05 a 20 blogs e avisar.

Parece simples responder à pergunta " o que te faz sorrir?". Sou uma pessoa sorridente. =). E meus sorrisos mais gostosos são os que brotam tão espontãneamente que deixam apenas uma sensação boa. Como preciso dizer duas coisas, direi: Primeiro estar viva já me faz sorrir. Segundo: aprender.

Viver!                                
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
(Gonzaguinha)

Blogs =)
Silvia - "Entre Aspas"
Dinorah - Dinoracomaganofim
Cristina - Silencio
Rodrigo - Rodrigo Szymanski
Orvalho do céu - Espiritual-poesia
Ives -Ives

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

IL TRENO

Divãlosofando

Nada de metas e planos mirabolantes ou sistemáticos para colocá-las em prática, pouca reflexão típica de fim de ano, pouca esperança renovadora convertida em energia propulsora. No entanto, desejo mudança. A vontade de mudar não parece ter partido de mim através somente da razão, mas principalmente de todas as células do meu corpo que se rebelam e tentam me arrastar para algo novo. Cansaram de sentir as mesmas vibrações.
O trem Rotina me leva pelas mesmas paisagens. Decorei cada detalhe, cada curva. Noto, ou penso notar, cada mudança por mais sutil que seja. São tantas as estações. São tantas as estações que não desço. Podia ser qualquer uma, mas, incapaz de escolher alguma, vago pelo vagão. A meu lado o lugar é vago, assim como em meu coração.
A cada dia, novas linhas. Todas muito parecidas com as antigas. No espelho, novas linhas, todas novas. No olhar, mais uma micro lâmpada que se apaga. No coração, velhas chamas viram brasa e novas chamas encontram cada vez mais dificuldade para inflamarem. Pelo menos ainda tentam incendiar.
Um novo horizonte, novos trilhos para o mesmo trem, novas paisagens. E a coragem de descer em alguma estação ainda nesta estação. Pular do trem, do muro.
No trem, eu vago, eu divago, ao lado de um lugar vago. A vista é bela, é triste ou o oposto. De onde estou a visão é privilegiada, as paisagens são quadros e o trem ,a galeria. Descer em uma estação é abrir mão de todas as possibilidades para viver uma. E por melhor que seja a escolha, ela é somente uma. Queria estar distraída, não me importar com o barulho do trem, não saber que posso escolher e me entregar à chance.
 Trilha sonora:  Anna Vissi - TRENO (trem)

by Daniella Dal'Comune -2011

domingo, 21 de novembro de 2010

No Escanteio

        Meus versos
No canto, no escanteio
No canto do meio
No meio do campo
No conto do tonto
Na conta do fim
No canto, o estopim
Na ponta do lápis
Na ponta dos pés
Na ponta da ponte
No fim do horizonte
No nó da garganta
No canto do conto
No dó de mim
No canto, no conto,
Na ponta, na ponte,
No meio do fim.

by Daniella Dal'Comune- 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

10 coisas que amo

Recebi, já há algum tempo, um selinho da Danny (Obrigada. Adorei!) do blog Expressing My Mind e que, por sua vez, recebeu do blog “A Piece of Me”. O selinho veio acompanhado de uma atividade : citar 10 coisas que se ama e repassar para outros 10 blogs. Demorei algumas semanas para montar minha seleção, mas, a cá está. A lista de blogs está disposta logo abaixo da minha seleção.

Dez coisas que amo, além do principal (as pessoas importantes e especiais para mim):

1- Cinema: Amo filmes de todos os gêneros. A ordem de preferência dos gêneros varia conforme o meu estado de espírito, mas, normalmente a ordem é a seguinte: suspense (qualquer tipo: antigo, atual, grande produção, produção barata) comédia (romântica, pastelão, humor negro) terror (prefiro terror mais psicológico e com boa dose de suspense. Mas, quando a cena é bem feita, sangue e violência também são muito interessantes.) e drama (clássicos, atuais, de época, etc.). Depois vem aventura, ação, animação e por último, ficção científica. Mantenho uma lista no Excel, com os títulos dos filmes que já vi em ordem alfabética. Tal lista é meu xodozinho. Eu não só adoro filme como adoro tudo que diz respeito a filmes: bastidores, entrevistas, cenas extras, curiosidades, etc. Eu vejo de tudo sem preconceitos. Gosto de ver filmes de todas as origens. Independente do gênero, se o filme é bom (ou inspira algo bom), me enche de contentamento e me da vontade de ver ainda mais filmes. Trilha sonora empolgante, personagens exóticos, irônicos, histórias mirabolantes, cenas inusitadas, há tanta coisa que torna um filme capaz de me deixar com um sentimento de encantamento quase sublime. É uma experiência bem particular, pois um filme só é mesmo finalizado com a visão do telespectador.
2-Truco: Desde cedo via meus primos por lado de pai, nos churrascos de família, se divertindo ao jogar truco, gritando, rindo. Era tudo uma brincadeira que parecia tão gostosa. Aos 13, meu primo por parte de mãe me ensinou a ordem e o valor das cartas e depois disso me virei e aprendi sozinha. E então comecei a jogar com meus primos e não é que com sorte e coragem inconseqüente de principiante, venci algumas partidas logo de cara. Maior incentivo que a vitória não tem. Se no começo era só sorte, com o tempo a sorte dividiu espaço com a habilidade e a estratégia. Ganhar me enche de energia para continuar jogando com mais paixão e mais inventividade em cada jogada. Perder me faz repensar as estratégias e serve para me reinventar. Hoje, criei minha própria metodologia para ensinar quem tiver vontade de aprender. O poker é outro jogo de cartas que tem chamado minha atenção por sua universalidade e, por isso aprendi através de um site a jogar. Tive poucas, mas boas oportunidades reais de praticar. No entanto, jogos virtuais tem muitos.Ultimamente jogo pelo Pokerstars que permite jogar sem pagar. Poker é minha nova paixão, contudo, ao menos até hoje, o truco é o meu amor.
3-Pizza: Uma pizza cheirosa quase que me faz flutuar, como se vê nos desenhos animados. Se alegria tem um sabor, é este. Pizza tem aquele gostinho capaz de me deixar contente, de bem com a vida. Um prato simples, delicioso e que para mim, não tem nada melhor. Na simplicidade mora meu deleite.
4-Vinho Tinto e Café: Café e vinho são bebidas especiais para mim, fazem parte de todo um ritual. O café é parte importante da minha rotina diária. De manhã serve para dar início oficial ao dia, de tarde para trazer conforto e recompensa ao meu dia. E fora de hora, é um luxo, um agradinho. O vinho precisa ser apreciado sem pressa. Serve para eu curtir uma melancolia, dar sabor à solidão ou então o oposto: curtir uma boa companhia dando valor apenas ao momento, sem preocupações tolas. Um papo filosófico ou um papo descontraído - intercalados com muitos risos – regados a vinho é uma experiência ótima.
5-Criatividade: Desenhar; escrever; contar histórias; criar paródias; inventar vozes; recortar; fotografar; inventar passos de dança engraçados e espalhafatosos para extravasar, liberal geral. Qualquer coisa que me inspire. Criar é algo que pulsa e me impulsiona. Eu tenho uma necessidade de criar, de inventar, de reinventar que parece muito maior do que eu. Um monstrinho que vive em mim, possuidor de uma sede e uma fome implacáveis. Quando dominada por este monstrinho sinto uma energia criadora, uma inspiração que quer sugar o mundo e me encho de vida. Contudo, senão sacio suas vontades, me sinto fraca, triste, angustiada e impotente. Não querer atender aos pedidos deste monstro que, desconfio ser do bem em grande parte do tempo, não faz sentido. É um desperdício sem tamanho.
6- Conhecimento: O alimento da minha alma. Tudo me interessa, tudo desperta minha curiosidade. Abasteço-me lendo revistas, gibis, artigos, blogs e livros; conversando com diferentes pessoas; aprendendo coisas em outros idiomas; vendo programas de entrevista, realities, telejornais, documentários, séries, filmes e um pouco de absolutamente tudo, do útil ao aparentemente inútil. Tudo que ouço, tudo que vejo, eu acabo aproveitando de alguma forma. Muita coisa, eu só uso após um elaborado processo de reciclagem. Agora como professora então, eu acabo utilizando muita coisa em minhas aulas. Na vida, em geral, todo o conhecimento é útil e fascinante. O conhecimento é útil até quando o que impera é o desejo de futilidade que faz parte e também tem sua importância. Por falar em conhecimento, o autoconhecimento também é fundamental. Analisar os acontecimentos, a vida e a mim mesma de todos os ângulos que me são possíveis. Permitir a mente viajar, divagar e encontrar sentido ou falta de sentido nas coisas. Filosofar comigo mesma ou com alguém que também ame essa viagem cheia de trilhas e atalhos.
7-  Acampar – Acampar num lugar pertinho da natureza me desacelera a mente, me faz sentir mais viva. Nada de TV, de internet, de celular. Quero mesmo me desligar dessas coisas por um tempo. Quando no campo, quero só descansar; ao invés de filosofar, contemplar; se tiver água para eu virar um peixinho, é o auge. Se tiver uma bola para bater e pessoas competitivas para dar graça ao jogo, é o máximo. Ouvir música no fim da tarde numa roda de amigos, fazendo brincadeiras, jogando baralho, bebericando, dançando e cantando, é o que há.
8 - Ócio - Curtir o macio da cama, sentindo a preguiça da tarde, às vezes ouvindo o barulho da chuva; Passar um dia inteiro ouvindo as músicas que trazem lembranças de outras fases. Memórias felizes, memórias de uma melancolia poética, memória de paixões vividas ou amores platônicos. Músicas que me fizeram refletir na vida de forma agradável, mas não pouco impactantes; Ir a um parque, numa tarde de céu azul e me jogar no gramado apreciando a beleza do dia. “Nada melhor do que não fazer nada, só para deitar e rolar...” (Rita Lee – Mania de você)
9 – Caminhar – Aqui onde moro (Guarapuava-Paraná) há vários parques espalhados pela cidade. Antes eu ia à Lagoa das Lágrimas caminhar ou apenas sentar num banco e pensar na vida. Agora eu gosto bem mais de ir ao Parque do Lago para as duas coisas. É bem maior, mais arborizado, num dia de sol a paisagem é lindíssima. Muitas pessoas vão até lá. No verão, parece orla de praia. Quase sempre coloco meus fones e sigo a caminhada. Mas, não precisa ser caminhada programada para eu gostar. Também adoro sair a esmo, principalmente em outras cidades, para viver a experiência tão memorável de conhecer novos lugares. Outra coisa que adoro é conversar com alguém enquanto caminho. Nos filmes “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr -do sol” – pelos quais sou apaixonada – os personagens Jesse e Celine têm a maior parte dos melhores diálogos enquanto passeiam pelas belas cidades de Viena, no primeiro filme, e de Paris em sua seqüência. Tenho um amigo com o qual adoro caminhar na também bela cidade de Curitiba. Muitas vezes começamos pela XV e terminamos no Largo da Ordem para continuarmos filosofando sob efeito de chopp. Sempre fascinante.
10 - Qual o décimo elemento? O camisa 10 da seleção? Quebrar a rotina, virar as coisas de ponta-kbça: A rotina traz algum conforto e, por isso acabamos, inconscientemente, criando padrões de comportamento. Quebrar essa rotina, esses padrões, de vez em quando, é algo que considero extremamente importante para dar uma sacudida na vida. E não me refiro a coisas grandiosas, mas, pequenos processos diários que invertidos de ângulo dão uma sensação de liberdade, de renovação. Fazer as coisas que se costuma fazer de um jeito diferente, se libertar das próprias manias, é algo inspirador, renova minhas energias. Algo aparentemente simples, contudo, é uma batalha a ser vencida, pois, muitos de nós nos apegamos aos pequenos processos e rituais que se criaram ao longo da vida, ainda que nem se saiba mais porque começaram. 

*Lista dos 10 Blogs que convido a participar da brincadeira. E quem mais se inpirar pela propossta, fique à vontade.

Deia - Rumoaescrita
Maria Fe - Reformulando
Cássinha - Coisinhas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha

DIVÃLOSOFANDO
Qual o maior medo de uma criança feliz, alegre, sonhadora, idealista, inocente, esperançosa? Tornar-se um adulto! O adulto é aquele que diz que não dá pra ir à praia porque está chovendo; aquele que ama alguém, mas nem sempre escolhe ficar com este alguém; aquele que sufoca seus sonhos porque precisa ter os pés no chão. Convivendo com os adultos, eu notava o quanto eram complicados. Tudo era cheio de complexidade. Ser adulto era ter uma torta deliciosa em sua frente e não poder prová-la por razões incompreensíveis.

Os adultos são complexos, contraditórios, vivem se escondendo atrás de um escudo ao qual dão os mais diferentes nomes. Sim, eu associei ser adulto à falta de imaginação, de coragem e ao pessimismo derrotista. Estou certa? Certo ou errado não é a questão. Simplesmente, revendo meus conceitos, os porquês de ser como sou, cheguei à conclusão de que tudo, ao menos pra mim, é uma questão de associação. Sabendo com o que as coisas estão associadas, e analisando estas coisas, posso reconstruir meus conceitos mais conscientemente.
Parafraseando “Malandragem”, de Cazuza e Frejat, lindamente interpretada por Cássia Eller: Ainda sou uma garotinha esperando o ônibus da escola, achando o príncipe um tremendo chato. Sou criança e não conheço a verdade. Sou poeta e não aprendi a amar. Pedindo a Deus um pouco de malandragem. Sem mais saber sonhar, achando bobeira não viver a realidade.

Preciso seriamente rever conceitos velhos demais, concebidos quando eu era jovem demais. Porque a minha vida é afetada por estes conceitos. Acho lindo ter preservado minha criança interior e compartilhar seus óculos cor-de-rosa. Mas, não posso deixar que uma criança seja responsável por todas as minhas escolhas. Será que posso? Como uma criança poderia lidar com questões complexas sendo tão objetiva? Bem, não sei. E digo mais, tenho muito medo de tirá-la do comando uma vez que é capaz de dar cor a toda banalidade da vida. Quero o equilíbrio do adulto e a ousadia da criança. Seria possível um comando em parceria? Porque cansei. Cansei não de minhas meias ¾, mas, de minha incapacidade de tomar decisões, sempre esperando o adulto que me dá conselhos e permissões. Mas meu lado adulto é uma fração. É possível seguir com meus velhos conceitos? Claro que sim. Mas, confesso que preciso mais de mudança do que de ser criança. Pensando bem a criança já não é mais tão ingênua. Criança cínica, com óculos quebrados, vem caminhando com apatia por trilhas rebeldes, carregando um cesto de desilusões, rumando a um horizonte retalhado, desejando simplesmente desejar. Soltar as mãos de Peter Pan e deixar de voar para caminhar com meus próprios pés é o que deveria fazer. A ver! Acredito que na vida os olhares são infinitos e, esse foi apenas um.


by Daniella Dal'Comune - 2010